quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Tô Morretes!!!!!

Nosso passeio de trem teve o seu fim em Morretes: uma continuidade do êxtase experimentado na viagem sob os trilhos. Morretes é uma cidade pequenina, mas com uma recrudescente atividade turística. A caminhada por suas ruas impõe a supressão do impulso de contar as horas. O único recado que vale é: Aprecie!
Momento Eu Recomendo: Sentado no banquinho guarnecido pelas árvores, assista ao espetáculo de cores, sombras e movimentos que o rio Nhundiaquara põe em cena. Imperdível!
Passando pelos casarios de arquitetura colonial e alcançando o rico artesanato da região, apreendemos a porção convidativa de Morretes. Outra boa porção que se comprovou uma excelente pedida é o Barreado – comida típica da região e mais uma delícia do caldeirão cultural brasileiro – prato exótico que, além de apetecer o paladar, desperta o interesse por seu sabor histórico. Como não sentir curiosidade por uma iguaria criada há mais de 200 anos por caboclos da encosta da Serra do Mar? Prová-lo faz parte do passeio turístico, uma espécie de rito de passagem que legitima a ida à Morretes.
Outra razão de não olhar para o relógio: trata-se de uma comida que deve ser degustada com calmaria.
Bem, eu ainda não disse o que o Barreado tem, né? Não tenho os cabelos louros espetados de Ana Maria Braga, tampouco um louro José para chamar de meu, por isso, aí vai uma receita do barreado (é só clicar no link abaixo): http://www.torque.com.br/barreado/receita.htm
Além de ser acompanhado de arroz branco, banana e farinha de mandioca, alguns restaurantes ainda oferecem frutos do mar. Que miscelânea! (na melhor acepção do termo).
Tanto entusiamo!!! Você deve agora pensar que somos uma cambada de glutonas, né? Dizem que quem experimenta barreado uma vez irá apreciá-lo enquanto viver. Fazer o quê? Sou dessa tribo. Reza a lenda que comer barreado é, na falta de uma ilustração melhor, como Nescau, isto é, fornece energia que dá gosto. Não estou aqui para contradizer mitos, porém, já correndo o risco, digo que o efeito leseira me venceu. Tô Morretes!!! Para compensar o excesso de fartura, só fui resgatada por uma chegada à beira do rio Nhundiaquara.
Ah, como poderia esquecer? Na Morretes pequenina encontrei uma igreja Metodista. Não me contive nessa hora...rsrsr

Aguardem os próximos posts...Retorno à Curitiba curtindo o cenário da estrada da Graciosa. Agora, eleve o adjetivo “graciosa” à máxima potência e terá uma noção aproximada do porquê de a estrada ter sido coroada com esse nome lisonjeiro.

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