quarta-feira, 18 de junho de 2008

Bbbrrrrr...ai, que frrriiiioooo!!!


Agora Curitiba jaz no frio. Tempo ventoso, ar gelado e aquele vaporzinho saindo da boca. Ai, que gostoso! Um chá de chocolate com menta, chocolate quente. O frio tem charme. Digo isso, com olhar de turista que topa tudo. Mas, quem tem que enfrentar esse tempo todo o dia, não é mole. Dá uma vontade de se agarrar ao cobertor.


Quando estávamos em Curitiba no final do ano passado o sol veio nos receber. Aquele friozinho de início da manhã e chegada da noite não chegava a assustar. Por outro lado, foi uma decepção para o nosso guarda-roupa invernal. Não deu nada para abusar muito desse visual Aspen, sabe? Até um casal de velhinhos zombou da gente e, de cara, mesmo sendo turistas vindos das bandas de Santa Catarina, viram estampada em neón a palavra "turista":


"Noooossa, está fazendo tanto frio assim? De onde vocês vieram?"


Já aqui, no exílio do Centro-Oeste a coisa muda de figura. Eita, secura!!!!


domingo, 25 de maio de 2008

Mais de Curitiba

A atividade de blogar entra no sangue e vicia. E quando essa atividade torna-se incongruente com outros tantos afazeres inadiáveis, o que fazer em meio as conseqüências dessa estado de inanição?

Eu sinto saudades daqui. De falar de lugares. De apurar o olhar para deslindar o pitoresco em minha cidade e alhures.

Papos de Viagem possibilitou que descobrisse em mim um espírito viageiro improrrogável mesmo quando não posso deslocar-me para o local que desejo ir. Por isso, não quero perder esse conversa diária (mensais, na maioria das vezes)que funciona como auto-avaliação de as quantas anda meu olhar em relação ao ordinário e extraordinário.

Uma promessa havia feito nesse início de ano, economizar o possível para poder sair mais. Porém, reincido no erro de ser relapsa quanto a isso. Mas, não desisti dessa tarefa de auto-educação. Como dizem uns, eu sou brasileira e não desisto nunca.

Enquanto isso, caro leitor, fiquem com mais um post-opinião pinçado das lembranças mais memoráveis de nosso passeio à Curitiba:



A ida ao Jardim Botânico foi uma das mais desejadas. A expectativa confirmou-se além do imaginado. Criado em 1991, o Jardim é detentor de um cenário belíssimo que nos contempla com o mais puro tom de verde que reflete vigor, vida e prazer. Eu fiquei encantada com a estufa de vidro e metal. Coisa mais linda. A exuberância do Jardim é uma poesia para a alma. Eu recomendo o passeio. Uma dica para mulheres: Sem sapatos com saltos. A estrutura do piso de metal da estufa é vazado. Quem desiste de subir o andar superior da estufa perde a oportunidade de avistar o Jardim do alto. E na minha humilde opinião, é o melhor do passeio.

Um espetáculo de bom gosto!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Brasília tem mar sim!

Que tal vê-la em sua totalidade?
Brasília 100% ao invés de seus 10%.
Não veja só a ponta. Veja tudo.


segunda-feira, 28 de abril de 2008

Confusão boa de sensações




Continuando nosso tour pelos pontos turísticos principais de Curitiba é hora de conhecer a Rua 24 horas. Inaugurada em 1991, possui uma extensa galeria aberta em que o tempo corre a perder de vista. O grande relógio posto à entrada reitera a idéia de que não existe hora para tomar um cafezinho, conversar com os amigos ou fazer uma comprinha. Não cheguei a entrar na galeria, pois essa estava em reforma. De qualquer forma, faz parte do itinerário do ônibus turismo. Um charmoso cartão postal, com certeza.


Com o Centro de Convenções tive um contato bem au passant. Realmente, em virtude do período curto da viagem, há muito a ser visto e só nos resta optar e torcer por uma escolha acertada. O Centro de Convenções é um centro de convenções do jeito que você conhece ou imagina só de ouvir dizer. Tem o quê? Eventos, exposições, etc. Faça-lhe uma visita virtual aqui.




O Museu Ferroviário é uma história à parte. E põe história nisso. Esse museu foi construído numa antiga estação. È onde a história se confunde com a modernidade. O museu fica dentro de um shopping: O Shopping Estação. Esse shopping tem um ar diferente. Contém história impregnada nas paredes. Um exemplo de que em Curitiba não existem construções desperdiçadas. Para tudo se encontra um propósito. Goste ou não. Voltando ao shopping...

Tá ok, sair em viagem para se encarcerar no ambiente isolante de um shopping quando há um mundão de coisas a serem vistas, é nonsense...também acho. Mas, quando viajamos de corpo, alma e espírito acabamos por abolir intransigências...tudo vale, se a alma não é pequena. De modo que vale a pena uma chegadinha no Shopping estação. Além do museu ferroviário, há o Espaço do perfume. Primeiro museu brasileiro do perfume. Inspirado nos moldes europeus oportuniza a viagem dos sentidos. Um tratado sobre as pessoas e as recendências que elas remetem. A tecnologia de fones de ouvido e outras tantas para sentirmos os cheiros que cada perfume exala nos são oferecidas. Pode-se também assistir a um pequeno filme cujo intuito é propiciar o resgate da memória olfativa, ou seja, a partir de momentos significativos da infância, adolescência e vida adulta, cheiros característicos de cada fase podem ser percebidos. O Shopping Estação é diferente por respirar cultura. Faz parte do Estação Cultura: Espaço do Boneco, Espaço do Perfume, Estação Natureza, Museu da Farmárcia, Museu Ferroviário, Teatro de Bonecos Dr. Botica, Teatro Regina Vogue.

Teatro Paiol – antigo paiol de pólvora construído em 1906 virou, em 1971, um teatro. Não desci para conhecê-lo de perto, mas, a construção antiga é convidativa. Segue a música Paiol de pólvora de autoria de Vinícius de Moraes feita justamente para ocasião da inauguração.





Pólvora

Estamos trancados no paiol de pólvora
Paralisados no paiol de pólvora
Olhos vedados no paiol de pólvora
Dentes cerrados no paiol de pólvora

Só tem entrada no paiol de pólvora
Ninguém diz nada no paiol de pólvora
Ninguém se encara no paiol de pólvora
Só se enche a cara no paiol de pólvora

Mulher e homem no paiol de pólvora
Ninguém tem nome no paiol de pólvora
O azar é sorte no paiol de pólvora
A vida é morte no paiol de pólvora

São tudo flores no paiol de pólvora
TV a cores no paiol de pólvora
Tomem lugares no paiol de pólvora
Vai pelos ares o paiol de pólvora

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Crônica sobre Brasília

Deixo-vos com a crônica que Alexandre Garcia fez em homenagem à Brasília. A mensagem combinada às imagens das belezas e imperfeições da capital é adequada, linda e reflete os pensamentos daqueles devotam um carinho incondicional por tudo que o cenário candango representa.


ESQUEÇAMOS

Esqueçamos um pouco os congestionamentos, que vão piorar; os assassinatos, os assaltos, as invasões, a expansão imobiliária que ameaça o futuro. Esqueçamos nossas mazelas, nossas ilegalidades por um tempo.


No aniversário de nossa cidade, esqueçamos os defeitos, como o apaixonado que só vê a beleza e a virtude da amada. Saudemos hoje, portanto, a Brasília do sonho de Dom Bosco, realizado por Juscelino e pelos que comeram poeira e lama, até implantar no Brasil Central a cidade que tirou o Brasil do litoral.


Falemos do céu azul pintado de nuvens brancas que se encontra no horizonte com a terra vermelha, enfeitada pelo cerrado retorcido. Céu onde a vida voa nas asas dos pássaros. Onde reinam o irmão sol a enrubescer as tardes e a irmã lua com seu cortejo de estrelas.

Falemos do lago, que dá umidade ao ar e paz ao olhar. Falemos dos nossos canteiros floridos, que presenteiam as superquadras com cores e perfumes; falemos do verde que queremos verde; e falemos também do concreto, sim; o pioneiro e o moderno, as curvas de Niemeyer e todas as linhas que vieram depois.

E falemos, enfim, permita-nos amada cidade, daqueles que, apaixonados por ela a amam e a mantêm íntegra, e bela, e perfumada. E falemos até daqueles que a desprezam e a depredam, porque se o amor constrói, rezemos para que eles se convertam e nos ajudem a conservá-la jovem, para que nos proteja em seu útero com carinho, por todos os séculos dos séculos, amém.E falemos, enfim, permita-nos amada cidade, daqueles que, apaixonados por ela a amam e a mantêm íntegra, e bela, e perfumada. E falemos até daqueles que a desprezam e a depredam, porque se o amor constrói, rezemos para que eles se convertam e nos ajudem a conservá-la jovem, para que nos proteja em seu útero com carinho, por todos os séculos dos séculos, amém.


Fonte: DFTV 1ª edição, Segunda-Feira 21 de Abril 2008
Foto da Ponte JK - Brasília

Queremos homenagear-te, Brasília querida!
Que nos abriga, nos acolhe em seus belos traçados.
Quem não te conhece, costuma taxar-te como a cidade dos corruptos!
Mas nós sabemos que não é assim. E aqui neste blog iremos mostrar o quão bela és!
Hoje, quando completa 48 anos, só nos resta agradecer-te por ser a nossa Brasília!!
Cidade unicamente bela!
Parabéns, Brasília!!

domingo, 13 de abril de 2008

Percepção

Pois é Vivi, impossível não reconhecer a importância do turismo em Curitiba. Na verdade, o governo curitibano teve uma sacada original: a linha de ônibus oportuniza aos turistas descobrir as atrações da cidade .
Ah, sem contar que o turista que chega ao aeroporto de Curitiba tem ao seu dispor a Linha Aeroporto que de 20 em 20 minutos sai com destino ao centro de Curitiba. Os ônibus são confortáveis, com ar condicionado e espaço para acomodar as bagagens, ao preço de R$ 8,00. Além do conforto, sai mais em conta do que pegar um táxi, uma vez que a viagem não sairá por menos de R$ 40,00, caso se opte pela 2ª alternativa.
Segundo o site Viaje Curitiba o ônibus percorre avenidas e ruas da cidade onde estão localizados diversos hotéis. Excelente sacada, não é mesmo?
Quanto aos pontos turísticos mencionados por você Vivi, devo dizer que não se pode deixar de conhecê-los. Primeiro porque são atrações turísticas tradicionais e todo turista que se preze deve visitá-los. Segundo porque cada um faz a sua leitura do que viu, dos momentos registrados, das emoções sentidas. A percepção envolve os sentidos, a mente, convertendo a viagem em um momento particular e subjetivo. Mesmo com dicas do que “merece ser visto”, a sensação de estar lá e ver pessoalmente é ímpar.
Mas adianto que caso queira visitar os pontos aqui citados, caro leitor do nosso blog, prepare-se para ver belos cenários e muito verde. QUALIDADE DE VIDA TOTAL. Não é a toa que Curitiba se destaca como sendo uma das melhores capitais do mundo para se viver.
Vamos a minha percepção breve sobre os pontos destacados por Vivi:
Praça Tiradentes – Centro de Curitiba, local de muita efervescência, vozes, feiras, gente, muita gente. Principalmente se você resolver ir em época de festejos natalinos. A Catedral que fica na praça é linda, histórica. Desça do ônibus e dê uma volta, pois você verá que terá valido a pena. Ou se preferir, vá a pé mesmo, assim economiza um ticket para visitar pontos mais distantes.



Rua das Flores – Jamais irei esquecê-la. Primeiro calçadão do país abriga diversas lojas. Sabe o que mais me chamou a atenção em Curitiba? O aproveitamento dos prédios antigos. Construções belíssimas e conservadas que abrigam lojas de departamentos, de telefonia e muitas outras de diversos segmentos, formando assim, um conjunto arquitetônico encantador. Muito interessante! A Rua das Flores é repleta de prédios antigos, gente indo e vindo, artistas de rua, restaurantes, casas de chás, confeitarias... Ai que saudade. Ah, e foi lá que assistimos a apresentação do coral HSBC em um prédio com arquitetura linda... Emocionante!

sábado, 29 de março de 2008

Parabéns Curitiba!



Curitiba completa hoje 315 anos de idade, sendo assim não poderíamos deixar de externar nossa alegria e satisfação ao prestar essa singela homenagem à cidade que tão bem nos acolheu em nossas últimas férias com sua encantadora e inigualável beleza. PARABÉNS CURITIBA!!!


sexta-feira, 28 de março de 2008

Um tour por Curitiba



Fiquei gamada com a atenção dada aos turistas em Curitiba. Existe uma linha especial de ônibus destinada a fazer um tour pelos principais pontos turísticos da cidade. Pagando 16 reais pode-se desfrutar do passeio. Mediante o pagamento dessa tarifa, recebe-se uma cartela contendo 5 tíquetes com direito ao embarque e mais quatro reembarques. Uma idéia genial porque permite ao turista escolher os pontos turísticos nos quais quer descer. Então aproveite tranquilamente as horas para passear, registrar, admirar os mais variados cenários. Depois para cumprir o restante do trajeto é só pegar outro ônibus. Eles passam de 30 em 30 minutos. Em cada destino turístico existe um ponto para embarque e desembarque. Se quiser apreciar o percurso inteiro sem descer do ônibus também pode. Numa primeira saída, para se ter uma visão geral da cidade, essa é uma boa opção. O ônibus possui um sistema som que transmite informações gravadas de cada ponto turístico visitado.



A partir desse post, uma pincelada dos principais marcos turísticos visitados:


Praça Tiradentes - Uma balbúrdia gostosa de gente indo e vindo. Uma praça linda e importante. Trata-se do marco zero de Curitiba. O local abriga feirinhas com muitos badulaques, coisinhas e lembrancinhas de viagem. O cenário é ornado com uma majestosa Igreja: A Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz. Construída em estilo neo-gótico, a catedral foi restaurada no ano de seu centenário, 1993. Impossível resistir à sua beleza sacra. Por dentro é mais bonita ainda. A praça não seria a mesma sem ela.




Rua das Flores – A principal rua da cidade. È onde tudo acontece. Apaixonei-me por seu burburinho freqüente. Palco para exibição de muitas figuras interessante. Ali é onde a arte vai ao povo. Uma combinação feliz do social, econômico, cultural e político. Um convite para andar a pé com o intuito de apreciar a atmosfera aprazível de uma rua onde jardins brotam da calçada. È onde fica a Rua XV de Novembro. Lá acontece a famosa cantata de natal realizada no Palácio Avenida. Um espetáculo! A rua fica lotada de espectadores. Cada centímentro de espaço é disputado para melhor poder assistir o côro infantil. Ainda sonho comigo andando nesse calçadão até hoje. Ô lugar bom!










Curiosidade: Bondinho da Rua das flores. Dizem ser um estacionamento de crianças desde 1973. Em seu interior, as crianças brincam orientadas por técnicos da Fundação Cultural de Curitiba. Esse cidade não é um mimo?




Rua XV de Novembro - Natal no Palácio Avenida

Artistas de rua apresentando um Auto de Natal em pleno calçadão da Rua das Flores.

domingo, 16 de março de 2008

Graciosa. O nome diz tudo...ou melhor quase tudo.

A volta de Morretes para Curitiba foi um espetáculo à parte. Tratou-se de um momento único da viagem que tenho que compartilhar com os leitores do nosso blog. Pois foi uma experiência única.
Devo contar que quase perco essa aventura que mesclou medo, beleza, emoção, adrenalina a mil, na verdade, um turbilhão de emoções.
O retorno à Curitiba optamos por fazê-lo de ônibus. E assim, entrei naquele que seria o transporte que nos levaria rumo ao nosso destino, certa de que descansaria depois de um longo passeio. E assim foi até certo momento. De repente, sinto uns cutucões. Acordo, meio sonolenta, com minha irmã dizendo para ver a beleza e GRACIOSIDADE da estrada cujo nome é Graciosa!! Preciso dizer algo mais?
Como disse minha companheira de blog, a estrada é um deleite para os olhos. Dormir é um pecado, pois não é todo dia que se tem a oportunidade de presenciar tanta beleza junto. A estrada é feita de pedrinhas harmoniosamente colocadas cada uma em seu devido lugar e é muito, mas muiiiiiiiiito estreita. E vejam bem: é automóvel indo e vindo a todo o momento.
Lembram quando me referi à adrenalina a mil por hora? Pois é, se estava sonolenta até pouco tempo atrás, quando vi o perigo da estrada, se foi todo o meu sono. Simplesmente fiquei ligadaça!! O medo de encontrar de frente com outro veículo era uma constante. Só para terem uma idéia, o ônibus praticamente não andava, pois a estrada é sinuosíssima, com muitas curvas.
Além do motorista, havia um cobrador e um guia para orientar o condutor do ônibus, isso porque haviam pontos cegos na estrada, então lá ia o guia se espichar todinho para ver se não vinha algum veículo.
Gente, pensa no medo!E sem contar que na estrada não há acostamento, portanto, qualquer vacilo, em alguns pontos, significava inclusive o risco de cair em precipícios. Nesse momento, me deu uma vontade tão grande de ter pegado o trem...
Mas, é inegável que a viagem é emocionante e inesquecível. Infelizmente, as pilhas da máquina estavam descarregadas e eu não havia levado pilhas sobressalentes para o passeio. Que vacilo!! Perdemos cenários incríveis e maravilhosos de infinito esplendor.
Mas, graças ao Bom Deus, minhas lentes visuais fotografaram toda aquela beleza e registraram em meu cérebro. Portanto, guardo tudo aqui e posso compartilhar com vocês o que vivi e senti naquele que foi um dos melhores passeios da minha vida.

Vamos em frente, então...

E aí, Vivi? Qual é a boa agora?

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A Estrada da Graciosa


Os cenários que a Serra do Mar expõe é de nos deixar de joelhos. Arrebatados por tamanha beleza. Falando em coisas belas, penso logo na Estrada da Graciosa e suas maravilhas naturais.
A impressão é a de estarmos dentro de um quadro pintado por mãos divinas. O verde, do mais variado matiz, ornado pela exuberância das bromélias e orquídeas. Essas, por sua vez, acrescidas da afinidade imanente que mantêm com a neblina que as cobrem. Tudo isso parece cantar uma melodia hipnotizante.
Graciosa é também histórica. Sua construção remonta à época do Império. Foi uma trilha utilizada por índios e jesuítas. Talvez por isso, aos meus olhos, a Estrada da Graciosa esteja envolta em mistério. Testemunha de muitos ditos e não ditos.
Suas curvas sinuosas revelam sua ambiguidade: graciosa, porém, instável. Lembro das palavras do fiscal do ônibus quando a avistou : "Agora todo cuidado é pouco! "
Cuidado, sim. Com os carros e os outros ônibus que passam. Afinal, Graciosa é estreita. Admite que um carro por sentido atravesse sua trilha de paralelepídos.
Mas, esse cuidado é pouco!
Também uma espécie de zelo reverente deve ser conferido a esse lugar que enseja reflexões, risos, lazer e outras inúmeras emoções. Eu me apaixonei. E fico grata por um dia ter passado pela Estrada da Graciosa.
Eu recomendo esse tesouro da Serra do mar. Que Graciosa seja preservada!
Conclusão: Fiquei mais cativada pela a profundidade da riqueza e beleza de meu país.
Créditos da imagem: Baixaqui

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Morretes e seus encantos

Passadas 03 horas da nossa viagem de trem, chego em Morretes. Uma cidade pitoresca, aconchegante, com seus casarões e igrejas antigas. Chamou-me a atenção sua arquitetura tão singular. Totalmente distinta de Brasília. Sua gente pacata que vive do turismo da região. Lugar tão aconchegante aquele...
No passeio, pude perceber a tranqüilidade constrangente daquele lugar. A sensação que se tem é que a tecla pause foi pressionada como em um filme de ação, e assim, tudo pára ao meu redor, e posso então observar detalhes de um local isento de agitações e perturbações tão comuns da cidade grande. Cada detalhe revela uma Morretes encantadora.
Sou levada a degustar com atenção e deleite seu prato típico. Uma novidade saborosa, o tão famoso Barreado (já explicado aqui por minha mana Vivi). Agora vale o conselho e esse eu vou dar por uma questão de compromisso para com aqueles que nos lêem: S A B O R E I E essa delícia sem reservas!!
Aproveite para conhecer os artesãos locais e seus trabalhos manuais. Valorize a cultura e arte de pessoas que vivem dos seus ofícios de forma honesta. E se possível, leve algo que o faça lembrar dos momentos agradáveis vividos naquele lugar. Garanto que não irá se arrepender.
A nossa volta foi um passeio à parte. Não, não voltamos de trem. Pegamos o ônibus na Rodoferróviária de Morretes. E aí, bom...foi uma viagem literalmente EMOCIONANTE!!!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Tô Morretes!!!!!

Nosso passeio de trem teve o seu fim em Morretes: uma continuidade do êxtase experimentado na viagem sob os trilhos. Morretes é uma cidade pequenina, mas com uma recrudescente atividade turística. A caminhada por suas ruas impõe a supressão do impulso de contar as horas. O único recado que vale é: Aprecie!
Momento Eu Recomendo: Sentado no banquinho guarnecido pelas árvores, assista ao espetáculo de cores, sombras e movimentos que o rio Nhundiaquara põe em cena. Imperdível!
Passando pelos casarios de arquitetura colonial e alcançando o rico artesanato da região, apreendemos a porção convidativa de Morretes. Outra boa porção que se comprovou uma excelente pedida é o Barreado – comida típica da região e mais uma delícia do caldeirão cultural brasileiro – prato exótico que, além de apetecer o paladar, desperta o interesse por seu sabor histórico. Como não sentir curiosidade por uma iguaria criada há mais de 200 anos por caboclos da encosta da Serra do Mar? Prová-lo faz parte do passeio turístico, uma espécie de rito de passagem que legitima a ida à Morretes.
Outra razão de não olhar para o relógio: trata-se de uma comida que deve ser degustada com calmaria.
Bem, eu ainda não disse o que o Barreado tem, né? Não tenho os cabelos louros espetados de Ana Maria Braga, tampouco um louro José para chamar de meu, por isso, aí vai uma receita do barreado (é só clicar no link abaixo): http://www.torque.com.br/barreado/receita.htm
Além de ser acompanhado de arroz branco, banana e farinha de mandioca, alguns restaurantes ainda oferecem frutos do mar. Que miscelânea! (na melhor acepção do termo).
Tanto entusiamo!!! Você deve agora pensar que somos uma cambada de glutonas, né? Dizem que quem experimenta barreado uma vez irá apreciá-lo enquanto viver. Fazer o quê? Sou dessa tribo. Reza a lenda que comer barreado é, na falta de uma ilustração melhor, como Nescau, isto é, fornece energia que dá gosto. Não estou aqui para contradizer mitos, porém, já correndo o risco, digo que o efeito leseira me venceu. Tô Morretes!!! Para compensar o excesso de fartura, só fui resgatada por uma chegada à beira do rio Nhundiaquara.
Ah, como poderia esquecer? Na Morretes pequenina encontrei uma igreja Metodista. Não me contive nessa hora...rsrsr

Aguardem os próximos posts...Retorno à Curitiba curtindo o cenário da estrada da Graciosa. Agora, eleve o adjetivo “graciosa” à máxima potência e terá uma noção aproximada do porquê de a estrada ter sido coroada com esse nome lisonjeiro.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Em contato com a Natureza


Nunca havia viajado de trem. A expectativa era única, pois, além da ansiedade em ver a paisagem anunciada nos sites em que pesquisei acerca do passeio, viveria a sensação de estar em um transporte que data de séculos atrás e cuja contribuição se perpetua ainda hoje para a construção dessa nação chamada Brasil.
Os fatos históricos da construção da Ferrovia merecem destaque pelo espírito de coragem imbuído na mente daqueles homens que ousaram desbravar aquela região inóspita para construir uma das mais importantes ferrovias do país. Já disse a Vivi que essa estória daria uma belíssima minissérie, mas os dados históricos poderão ser contados posteriormente. Quero compartilhar os momentos ali vividos e as paisagens que fazem parte de lembranças queridas.
Quando cheguei à estação e me deparei com aquela série de carros e vagões engatados entre si e movidos por uma locomotiva me senti transportada para outra época. Que chique!
Vivemos e sentimos o avanço tecnológico de forma tão fugaz que não nos damos conta das maravilhas criadas pelo homem sob o aval do Criador. E pensar que esse meio de transporte criado a séculos ainda hoje contribui para o crescimento dessa nação, atravessando e estreitando os laços entre os rincões desse país.
O Brasil é um país agraciado por Deus por suas riquezas naturais, tal constatação não é fruto de uma percepção ufanista. Pude comprovar nesse passeio, que foi para mim o ponto alto da nossa viagem, as belezas ímpares do sul do país. Tive contato com uma vegetação, fauna, flora distinta das que vejo em Brasília. Talvez tenha sido esse o meu encanto por aquele lugar de um verde único, com árvores, plantas, flores, rios e cachoeiras. Era a visão de deslumbre ante a tela artística pintada minuciosamente pelas mãos do Maior Criador do universo, me deixando extasiada com tamanha beleza. Dei-me conta do quão pequena eu sou ante à grandiosidade Divina.
Como garota urbana com ocupação e hábitos típicos da vida citadina não tinha até aquele momento sentido o cheiro da terra. Só ali entendi a expressão “respirar ar fresco”. Por sinal, fresquíssimo!!!
E assim foi o nosso passeio. A visão de um cenário repleto de verde pincelado em tons distintos. Cores guardadas na memória de tão vívidas que estão dentro de mim. Subir a serra do mar e me deparar com um conjunto de elementos visuais tão grandioso como aquele e ter a tarefa de relatar aqui neste espaço não se constitui em uma tarefa simples, pois não consigo exprimir em palavras a emoção que senti. Por isso, caro leitor, faça esse passeio, sem medo de ser feliz e depois diga se é ou não é uma viagem inesquecível.
Próxima parada: Estação de Morretes

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Seguindo no trem da alegria


Vou falar de um passeio que conseguiu angariar todas as minhas boas graças: O passeio de trem na Serra do mar. De Curitiba para Morretes. Êita passeio sublime. A história do percurso do trem é entretenimento suficiente para quem gosta de buscar um entendimento abarcante do entorno dos acontecimentos que permaneceram indeléveis nos cenários expostos a nossa visão. Um mimo!
À guisa de esclarecimento, a estrada de ferro foi construída no século XIX num período de 5 anos. Um avanço tecnológico assinalando o caráter empreendedor e desbravador da engenharia brasileira. Para além do caráter histórico, está o regozijo dos sentidos em contato pleno com a natureza. Experiência da alma, corpo, mente e espírito. Os vários matizes de verde mesclados ao colorido das bromélias e orquídeas; os tons esmaecidos da névoa que cobrem as mais variadas montanhas expressam a beleza do divino oferecendo uma sensação de estar a um toque das mãos de Deus. Em um dado momento, mais precisamente no viaduto do Carvalho, somos surpreendidos pela a vivência invulgar de flutuar no ar. Ao fim da viagem percebe-se a convergência do pensamento para um único foco: Como é lindo o meu país!!!
Nos próximos posts, entraremos em detalhes sobre como aproveitar bem o passeio, logo mais falaremos também sobre o local para onde rumávamos: Morretes

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Diversão garantida!!!

Chegamos à Curi no domingo de madrugada e cedinho tínhamos que estar de pé, pois o transporte que iria nos levar ao Parque estaria na porta do hotel por volta das 06h:30min. Por aí, já dá para perceber que havíamos dormido pouco.
A viagem de Curi para Santa Catarina foi bem tranqüila. O pacote que compramos incluía translado Hotel- Parque -Hotel + almoço+ ingresso para o parque. Foi um dia bacana. Sabe aquela sensação de sentir-se criança novamente? Pois é.. Afinal, o clima remetia a lembranças da infância quando íamos aos parques na certeza de que a diversão era garantida. Puro prazer, pura alegria e descontração. Essa é uma dica: Viva os momentos como se fosse criança, encare tudo com um olhar infantil sem medo e receio de parecer ridículo...
Bom, voltemos ao passeio.
O sol estava de rachar os miolos, muiiiiiiiiiiiiito calor, gente!Só aí entendi quando a moça que trabalha no Parque disse que era para levar roupas bem fresquinhas, quando ainda estava na busca de informações sobre o passeio. Portanto, primeira dica dessa blogueira: vá de short, bermuda, camisa regata e como Vivi orientou filtro solar é indispensável!!
Ao chegarmos ao parque, já ficamos encantadas com o portal de entrada: Um castelo de sonhos, muito bonito. Fomos recepcionadas por um dos personagens que habitam esse mundo de fantasia: Billie, The Kid. Sim, o próprio!
Para quem não conhece, veja quem foi esse bandido lendário do Oeste Americano:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Billy_the_Kid
Olha a gente aí, do lado dessa figuraça versão tupiniquim..rs.

Depois do nosso encontro com o mais famoso e temido fora da lei do Velho Oeste Americano, fomos aproveitar o dia divertindo nos brinquedos. Devo dizer que fui a QUASE todas as atrações do parque. Mas confesso aqui que faltou coragem para enfrentar a Big Tower e o temido Free Fall. É pura adrelina, segundo comentários de uma das minhas companheiras viagem. Corajosa essa garota!
Ah, também não fui ao
Império das Águas, pois segundo informações o brinquedo molha bastante, sendo ideal levar uma peça de roupa, caso não queira andar pelo parque encharcado.
Nos demais brinquedos foi pura diversão. Embora ache que fossem necessários dois dias para desfrutar de todas as atrações do parque com mais calma. Para maiores informações, acesse o site do
Beto Carrero World. Até o próximo post com mais dicas sobre a nossa viagem à Curitiba.
Passo a bola para você Vivi. Qual será o nosso próximo papo?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

E o fôlego vai pras cucuias

Bem, sou a pessoa menos indicada para comentar sobre o Beto Carrero World uma vez que prefiro ser frugal (leia-se: aos bocadinhos eu chego lá) a ter quer me jogar na tortura nauseante de certos brinquedos malucos. Em outras palavras: Amarelo mesmo!
Mesmo não sendo corajosa o bastante para enfrentar a ansiedade pré-quedas vertiginosas, recomendo o passeio sem pestanejar. O parque é muito bonito e contém atrações para todos os gostos:

Teléferico – Um passeio panorâmico a 30 metros de alturas. Depois de muito brincar, o teleférico oportuniza um resgate da energia. No entanto, poderia ser mais bem arejado porque o sol ali é de rachar a moleira.
Cine Mademotion Um cinema especial com simulador de movimentos. A sensação de ser chacoalhada e sentir-se caindo em abismos rende uns gritinhos desvairados.
Big Tower – Aí está um dos brinquedos radicais. Uma torre cuja altura equivale a um prédio de 30 andares. A fonte da alegria é um elevador que cai a uma velocidade de 120 km/h. Cansou santa? Senta! Antes da queda, ouve-se um “crek” ***um artifício de tortura para afligir os incautos***. Logo após, ouve-se um sonoro brado de súplica cuja tradução livre é “O que é que estou fazendo aqui???!!!”
Montanha Russa – O brinquedo mais concorrido...deve ser por causa dos dois loopings que ocorrem ao longo do percurso (si non é vero, é bene trovato). Dizem que nessa montanha russa existem câmeras fotográficas que registram a cara de pavor das pessoas enquanto gritam ensandecidas. Ao custo de 15 reais (se não me engano) você leva para a casa a sua bela caraça cômica.
Barco Pirata – È marromeno. Uma embarcação com movimento pendular, vai irritantemente de um lado para o outro. Depois de tantas idas e vindas, o bolo alimentar em suas entranhas PEDE PRA SAIR.
Free Fall – Ou Torre do terror. Segundo os aventureiros mais experientes, esse elevador que despenca de uma altura correspondente a um prédio de 18 andares é o brinquedo mais arrepiante. Eu, cada vez mais, estou convicta de minha postura inflexível...em terra firme.


Lembrete: Leve filtro solar e utilize-o até abusar.
Regis, mais declarações a fazer?

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Sobre Curitiba...

Bem Vivi, sou suspeita para falar algo sobre Curitiba, pois tenho paixão por essa cidade. Sendo assim, procurarei me conter para não exagerar nos comentários. Já é a segunda vez que vou a essa cidade. Quando da primeira vez, não tive a oportunidade de explorar os seus pontos turísticos mais conhecidos.
Passei de relance, mas algo me dizia que voltaria para conhecer-te, Curitiba! E voltei.
Dessa vez, fui disposta a explorar os cantos e recantos com os olhos de quem nunca havia pisado em terras paranaenses. Portanto, serão muitos posts para relatar o que foi a nossa viagem. E tenho certeza de que muita coisa ainda ficou para ser vista. Mais um motivo para voltar em um futuro bem próximo.
A Curitiba que eu vi é uma cidade grande que tem seus encantos e certamente desencantos, afinal, são aspectos inerentes a toda grande capital. Mas na visão dessa turista que vos fala, o que chamou a minha atenção é o verde das praças, o colorido dos parques aliado a construções antigas e modernas. Mas sabe Vivi que para mim Curitiba possui traços de cidade do interior? E isso é muito gostoso...
Como você ressaltou em seu post , Curitiba conserva um ar europeu com um jeitinho brasileiro. É isso que confere àquela cidade um quê todo especial e uma vontade de se inserir no seu ritmo para entender tudo que ela oferece de bom. Pena não termos tido tanto tempo para explorá-la com mais calma, não é mesmo? Uma semana é muito pouco!
E para compartilhar com aqueles que pensam em ir um dia respirar ares curitibanos, vamos comentar os aspectos que nos chamaram mais atenção.
Que tal começarmos pela nossa passagem pelo Beto Carrero, hein Vivi? Valeu a pena a nossa escapada para Santa Catarina? Pode ser uma boa dica para o leitor do nosso blog, o que você acha?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Primeiras impressões...

Curitiba é renovada por cenários belíssimos. Sua arquitetura enche o olhos e a mim impressionou precisamente pela conjunção entre o antigo e o novo. O atributo da mescla é que tornou a cidade inspiradora aos meus olhos: além da combinação arquitetônica de outrora e de hoje, vemos a mistura do campestre com o citadino, da cultura europeia com a cultura brasileira e nesse caldeirão cultural vemos ebulir a riqueza da cidade de maneira muito bonita e singular. Há muito para se ver em Curitiba e o interessante é elaborar um roteiro para não se perder em meio a tantas opções turísticas oferecidas por lá. Bem, é aí, Rê? Qual é a boa de Curitiba para você?
PS: A foto acima, tirada no mirante da Torre da Telepar situada nos bairro das Mercês, fornece uma ampla vista de Curitiba. Beautiful!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Viaje e liberte-se de tudo aquilo que te prende

O nome do blog não poderia retratar melhor o sentimento que irá permear esse espaço. Afinal, viajar sempre é bom. Não importam as distâncias. Pode ser desde uma pequena viagem até uma ida à China. O que importa são as emoções vividas, as experiências que trazemos conosco e que ficam registradas na mente e coração e que ninguém pode tirar da gente.
Assim, esperamos que os fatos, as situações, os momentos aqui registrados sirvam de fonte de reflexão para você. Portanto, aperte os cintos e deixe a sua imaginação viajar.
Sintam-se a vontade!!

sábado, 5 de janeiro de 2008

Me leva Brasil!

A idéia de criar um blog para comunicar as impressões advindas de nossas incursões surgiu enquanto desfrutávamos de momentos aprazíveis em solo curitibano. O espírito contagiante instaurada na viagem nos impeliu a intercambiar as inúmeras sensações percebidas. Enfim, as visões de cenários e personagens que compuseram sete bem aproveitados dias de quebra de rotina serão aqui relatadas. Nossos relatos não se limitarão à essa jornada: para começar, Curitiba e depois os demais destinos que vierem. Oxalá!